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sábado, 20 de junho de 2009

Saga Grega - Parte III

(Ou o primeiro Souvlaky a gente nunca esquece...)
Viagem feita, muitas fotos, muitas coisas pra contar. Mas precisávamos decidir o cardápio do jantar que a gente iria preparar.
Nós provamos muita coisa durante a viagem e algumas realmente nos chamaram atenção:
- As muitas sorveterias, com seus deliciosos sorvetes caseiros, de variados sabores, encontradas a cada esquina.
-As casas de biscoitos. Sim, casas de biscoitos. Assim como temos padarias e confeitarias, na Grécia existem lojas só de biscoitos. Doces, salgados, grandes, pequenos, mais duros, mais crocantes, mais farinhentos, mais quebradiços, mais secos, mais úmidos etc Você entra numa casa dessas e um vendedor logo monta uma caixa de papel, semelhante àquelas de camisas, onde ele vai colocando os biscoitos que o cliente vai escolhendo. Os Kourabies, por serem muito frágeis, são colocados em pequenos sacos de papel de seda. Como viajamos muito de carro, eu costumava ir logo de manhã a uma biscoiteria (será que essa palavra existe?) e encher uma caixa média com diferentes tipos de biscoitos, que a gente ia comendo pelo caminho. Infelizmente não temos isso aqui. Quer dizer, ainda bem que não temos isso aqui, senão eu ia ficar uma baleia, de tanto biscoito.
- As docerias. Meu Deus, as docerias. Viajamos pelo interior do país. Passamos por cidadezinhas com praticamente só uma rua. Mas você pode ter certeza que nessa única rua vai tem uma doceria repleta, variada, linda, luxuosa. Doces da patisserie francesa? Modernas esculturas de chocolate ou frutas? Nada disso. Doces típicos. Deliciosos. Finos. Delicados. Outra enorme tentação. Se, de manhã, eu ia atrás das biscoiterias, a noite lá estava eu, comprando caixinhas de doces para sobremesa do jantar. Ô, saudade...
- Pistaches gregos. Nunca imaginei que pudesse haver tantas variedades de pistaches. Muito verdes, com casca rosa shocking. Crocantes. Muito frescos. Grandões ou miudinhos. Vindos das ilhas. Comi muuuito.
- Queijos. Provei de vários tipos, mas o Feta, pra mim, é imbatível. Puro, no pão, em saladas, grelhado, enfim, de qualquer jeito.
- A gente passava horas no carro, viajando de um lado pro outro. Sítios históricos, antigas ruínas clássicas, museus, mosteiros, praias, montanhas, plantações de azeitonas, cidades. Ninguém queria parar muito tempo para o almoço. Tanta coisa pra ver. Almoçar ia dar moleza. A principal refeição do dia passou a ser o jantar. Almoço = fast food. Fast food grego = Souvlaki. Foram muitos os souvlakis que comemos, uns melhores outros piores. Acho que, no final das contas, foi o que mais comemos nessa viagem. Meu marido virou um fã incondicional da coisa.
- O iogurte. Que coisa maravilhosa. Na realidade é uma coalhada seca, mas a consistência é incrível. No meu primeiro café da manha na Grécia, em Atenas, tinha uma tigela enorme, ao lado das frutas, na mesa do buffet, com um creme branquinho. Eu olhei para aquilo e achei que fosse Chantilly. Santa ingenuidade. Era iogurte. Leve, aerado. Depois que cheguei em casa, já fiz várias tentativas de reproduzi-lo. Já cheguei muito perto do sabor, da pouca acidez, mas do aspecto, da textura...Ainda não descobri o segredo.
Mas eu falava da escolha do menu do nosso jantar. Bom, acho que vai ficar para a Parte IV...
PS: Daqui a 15 dias, vamos fazer o jantar com Finger Foods. Quem se habilita?

Um comentário:

engenheiro almeida disse...

Oi, Bia! Deste jeito o blog vai virar um livro, com certeza! Dá uma "colher de chá" aos seus leitores e descreva o Souvlaky, com detalhes...Abraço, Mario.